Elvis 1956




quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

livro Elvis What Happened? completo parte 9



continuaçáo do livro Elvis What Happened?

capitulo 10



Até o final de 1955 ainda não havia ofertas de milhões de dólares no horizonte, mas para Elvis Presley, o cantor, e Red West, o ajudante, o ano tinha sido muito divertido. O pai de Elvis tinha assinado um contrato com o disc jockey Bob Neal (Presley tinha apenas vinte anos, menor para um contrato desse tipo), e Presley estava na estrada com o guitarrista e pianista Scotty Moore, o baixista Bill Black, e o baterista D.J. Fontana. Eles eram chamados de Blue Moon Boys.
De Bob Neal, Red diz: “Ele era um bom rapaz, honesto e franco. Ele parecia estar mais por diversão do que por dinheiro. Ele era um cara bastante engraçado que poderia ter feito comedia stand-up, se tivesse se empenhado para isso. Às vezes Bob sairia e aqueceria a multidão antes que Elvis e os rapazes avançassem.”
O jovem Presley estava no circuito com alguns nomes bastante pesados do momento. Hank Snow, Webb Pierce e Eddy Arnold eram os top do momento. Elvis e outro rapaz chamado Johnny Cash estavam chegando rápido. Presley havia lançado um segundo disco chamado “Good Rockin Tonight”, e enquanto não incendiava o país, os redatores da Billboard, a bíblia da música na época, sabiam soletrar o nome de Elvis Presley sem ter que perguntar.


Os big boys, em Nova York não tinham ouvido falar dele, mas Nashville sabia quem ele era, e que estava bastante bem, no momento. Foi só por volta dessa época que Elvis Presley fez uma das grandes mudanças de sua vida jovem. Ele largou seu emprego como motorista de caminhão e de agora em diante ele era Elvis Presley, cantor. Os sofisticados de Nova York e os esnobes de L.A., ainda falavam sobre o country and western e a “música caipira”, com um bocado de escárnio. Mas no Sul e Sudoeste, o country and western fazia muito dinheiro.
“Elvis, de um modo tranqüilo, estava bastante confiante que iria se fazer,” diz Red. “Ele não fazia idéia de quão grande ele seria. De qualquer maneira ele largou um emprego estável como motorista de caminhão, foi um passo muito grande. Elvis era muito otimista, mas naquele tempo havia centenas de jovens vagando com violões em busca do sucesso.
“Ele nunca disse isso, mas tenho certeza que ele tinha muitas dúvidas sobre mergulhar de cabeça e deixar o seu emprego definitivamente. Ele estava sempre preocupado em ganhar dinheiro para ajudar o seu pai e a sua mãe.” Red recorda, no entanto, o jovem Presley estava muito bem “no circuito.” Ele era querido por caras como Hank Snow, Webb Pierre, Eddy Arnold e Johnny Cash, embora, como em qualquer profissão, eles estavam muito conscientes da concorrência, que ele podia representar no futuro. “Acima de tudo, eles estavam se divertindo, e ele era um bom cara para estar.”
Típico do tipo de coisa que fariam foi uma viagem para Nashville em 1955. “Costumávamos fazer coisas no calor do momento. Como desta vez que fomos a Nashville. Chegamos lá sem dinheiro. Naquele tempo havia um grupo muito famoso conhecido como Mother Maybelle and the Carter Sisters. June Carter, então casada com Carl Smith, mas agora felizmente casada com Johnny Cash, era uma garota muito doce do Sul. Ela sempre tinha um olá caloroso para nós. Uma vez ela fez um show em algum lugar com Elvis, e ela disse algo como, ‘Se alguma vez você for a Nashville nos visite.”
“Bem, seguimos a sua sugestão.


Quando chegamos a Nashville, de qualquer maneira tínhamos perdido o endereço. Enfim, descobrimos onde ela morava e fomos de carona até o local. Bem, June não estava em casa. Parece horrível hoje, mas naqueles dias as coisas eram diferentes. Forçamos uma janela e invadimos a casa. Não demos à mínima. Era um belo lugar. Então, ficamos na casa.
“A primeira coisa que aconteceu é que ficamos com fome, portanto vou até a cozinha para arranjar algo para comermos. A cozinha era fantástica. Ao redor da cozinha havia belas panelas de cobre e caçarolas. O que eu não sabia era que elas foram especialmente compradas num antiquário e as malditas valiam uma fortuna. Enfim, eu preparo alguns ovos com bacon nestes recipientes. Eu não podia entender porque de repente eles derretiam. Arruinei-os completamente. Não prestamos qualquer atenção, a gente só queria comer. Bem, nós enchemos nossa barriga, e como um par de ursos decidimos dormir um pouco.

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“Nós estávamos como um cachorro cansado e sujo. Então, subimos a escadaria desta bela casa e procuramos uma cama. Bem, completamente vestidos e sujos, apenas nos jogamos nesta grande cama de casal no quarto principal e dormimos. Dormimos como bebês a noite toda. June Carter e suas irmãs estavam em um show fora da cidade. E seu marido Carl Smith, estava em outro lugar. Aproximadamente às nove horas da manhã seguinte eu ouço uma voz e alguns movimentos. Carl, o marido de June tinha voltado para casa. Primeiro ele vê a janela arrombada, então ele vê as panelas e caçarolas estragadas e a cozinha suja. Era como Cachinhos Dourados e os três ursos. Quem invadiu a minha casa? Quem comeu a minha comida? Quem destruiu a minha cozinha? E quem está dormindo na minha cama? Estou impressionado que ele não tenha pegado uma espingarda.
De qualquer forma ele caminha enquanto ainda estou dormindo. Elvis acorda e diz, ‘Oh, Carl oi.’ Agora ele vê Elvis, mas ele só vê uma grande protuberância sob os cobertores ao lado de Elvis que era eu. Você não pode culpar o cara se



ele pensou que Elvis estivesse na cama com sua esposa, apesar de June não ser aquele tipo de garota. Mas eu sou desconfiado, e estou pensando, Jesus, talvez ele pense que eu sou June e talvez ele vá explodir o meu rabo.
“Muito suavemente, eu espiei sobre os lençóis e disse de uma forma muito educada.” Oi, Carl. “Você pensaria que ele nos repreendeu por ter forçado a entrada, destruído a cozinha e logo depois dormir em sua cama. Mas ele nos deu um grande olá e riu. Ele pegou-nos em torno de sua cozinha e dormindo em sua cama. Mas ele nos deu um grande olá e riu. Ele nos mostrou todo o casarão, e naquela noite June e sua irmã voltaram para casa.
“Tivemos uma grande reunião informal, comemos um grande jantar do Sul e ficamos acordados cantando e harmonizando com todos eles. Quero dizer, esse é o tipo verdadeiramente decente de gente que eles eram. Eles nos acolheram como irmãos há muito distantes.
“Você sabe eu daria qualquer coisa para voltar para aqueles dias simples, os dias de loucura. Elvis era grande e nos demos muito bem. Era divertido e simples.” Daquela noite em diante, lembra Red, o jovem Presley pareceu estar apaixonado pela irmã mais nova de June, quando Anita Carter estava por perto ele agia como uma criança de seis pares de pés. “Olhando para trás agora, era bonito de se ver.
Elvis elaborou medidas para se aproximar da bela Anita. Red recorda que alguns meses mais tarde, Presley juntamente com Scotty Moore, Bill Black e D.J. Fontana estiveram no Gator Bowl, na Flórida fazendo apoio para as Carter Sisters. O show foi sensacional e a multidão estava comendo na mão de Elvis. No final do seu ato, as Carter Sisters se reuniram nos bastidores prontas para irem embora.
“Agora,” diz Red, “Elvis vê Anita na ala. Enfim, ele chega ao final, e começa a parecer muito doente. Ele chega aos bastidores, cambaleia em volta e desmaia diretamente nos braços de Anita. Eles o deitam e ele está inconsciente. Anita tem a sua cabeça no colo dela e está massageando a sua testa.
De qualquer maneira o levamos pra um hospital e, eu Scotty, Bill e D.J. ficamos muito preocupados.
“Os médicos nos dizem para voltarmos para o hotel que entraram em contato. Eles nos dariam um relatório completo assim que pudesse. Pensamos que talvez ele estivesse morrendo de alguma doença misteriosa.”
Preocupados, os rapazes de Memphis apenas sentaram sombriamente em seus quartos de hotel esperando pelo pior. À uma da manhã houve uma pancada na porta de Red. Todos os rapazes, assim como Red, olharam apreensivos e apressaram-se para abri-la.
“Porra, man, se não é o velho filho da puta do Elvis que está lá mais saudável do que um rebanho de gado, e está sorrindo de orelha a orelha. Não havia uma maldita coisa de errado com ele. Todos nós o bombardeamos com perguntas, e ele nos diz que esta bem agora. Mas quando os outros rapazes voltam para os seus quartos, Elvis me faz uma confissão. O colapso total foi apenas uma encenação para que ele pudesse deitar sua cabeça no colo de Anita Carter... apenas para que pudesse ficar perto desta garota, ele tinha paixão por ela.” A história da paixão não terminou aí.
Cerca de seis meses depois, em Memphis, o jovem Presley e as Carter Sisters estavam novamente no mesmo show. A mesma coisa aconteceu. Só que desta vez foi Anita quem desmaiou e era Anita quem estava fingindo. “E não havia nada de errado com ela,” Red diz com uma gargalhada. “Ela só queria um pouco de atenção de Elvis. Ambos eram muito tímidos para fazer uma investida. Eles nunca ficaram juntos, mas eram muito carinhosos um com o outro. Na cena do showbusiness atual, as pessoas vão para a cama umas com as outras mesmo antes de saberem seus nomes. Ficamos muito antiquados e, eu acho que Elvis era o mais antiquado de todos nós. Mas quer saber? não foi ruim. Com certeza não impediu de nos divertimos muito. Mas tarde ficamos rápidos demais para nossas botas.”
Bob Neal estava fazendo um bom trabalho para Presley e os rapazes do Blue Moon Boys. Seu show de disc-jockey matinal na estação WMPS era uma máquina promocional valiosa.
O show tinha um alcance de aproximadamente duzentas milhas, e no início Bob Neal dava um tratamento cômico ao programa como os Blue Moon Boys faziam com sua música.
Muitas vezes, quando queriam shows dos Blue Moon Boys fora do raio de alcance, Bob atuaria como agente e promotor, mas nem sempre iria junto. O acordo financeiro constituía em que Bob ficasse com dez por cento do bruto, e dez por cento era reservado para a publicidade e promoção. Durante aqueles primeiros dias os Blue Moon Boys tocavam em ginásios, auditórios, salas de igreja, prédios escolares e em cidades e aldeias tão pequenas que, desde então, de fato desapareceram do mapa.
Com a ajuda do talento cômico de Bob Neal, da estação WMPS, e alguns anúncios na Billboard, os Blue Moon Boys estavam adquirindo uma fama ampla e sólida. Depois de descontar os dez por cento de Bob e os dez por cento da promoção, Elvis ficava com cinqüenta por cento e o restante era dividido entre Scotty, Bill e D.J. Os músicos de acompanhamento não eram apenas homens de “aceleração.” Eles tinham um som diferente, próprio característico que nos primeiros dias foi tanto uma parte do “som Presley” como era o jovem Presley.
O som de acompanhamento era muito maior do que qualquer grupo de tamanho comparável. Mas, como Presley adquiria mais e mais confiança, tornou-se óbvio que ele era a estrela. Como a fama aumentou, houve cada vez mais ofertas de shows fora do raio de duzentas milhas de Bob Neal, e muitas vezes, Neal os iria despachar de Memphis para Lousiana, Florida, Arkansas e Texas. Eles embarcariam nessas longas viagens, e o fiel Red como o motorista “radical”, e conquistariam outra cidade.
Houve tempos que o jovem Presley faria duzentos dólares por semana, uma soma gigantesca naqueles dias difíceis. Ele comprarias suas roupas, encheria o tanque de gasolina , compraria alguns hambúrgueres e cocas e poria o restante na família Presley. Red West esteve ao longo da viagem; e não ganhou um único centavo. Recorda
Red: “Não me importei nem um pouco. Estava junto na viagem, aprendendo muito sobre o negócio e música, tendo um tempo realmente bom.” Ironicamente, Red, o motorista, sabia mais sobre a mecânica da música do que Elvis Presley. Ele lê música como um maestro e desde aqueles dias escreveu alguns números muito vendidos. Red o corpulento, de cabelo ruivo não se vê como um autor de canções: jogador de futebol, guarda-costas, sim; mas não um autor de canções.
“Elvis não lê uma nota de música (e, curiosamente, apesar de todos os seus saltos e giros em volta, ele não sabe dançar),” diz Red. “Mas ele tem um sexto sentido de tempo cantando em vários estilos. E ele me surpreenderia quando se sentava ao piano. Ele tem um dom natural como o Sinatra. Ele sabe quando um som está certo e quando está errado melhor do que a maioria dos condutores. Ele simplesmente tem o “ouvido.”
Quanto mais exposição Presley adquiria, mais Gladys Presley se preocupava que seu menino se esquecesse da sua criação e da sua igreja. A sua aclamação mais comum, seu argumento mais intenso para Red West, “Bob, cuide do meu menino.”
Perto do final do ano as coisas começaram realmente a embalar. Embora ainda não existisse nenhum grande impacto de Presley em Nova York e Los Angeles, ele rapidamente estava se tornando um ídolo no Sul.
Red se recorda de um dia na Flórida. “Tocávamos em Orlando, eu acho, lá perto, de qualquer maneira. ‘E’ realmente levou o público a loucura e ele está tocando-os como um violino, se ele notasse que um determinado gesto incitava gritos e mais gritos, então ele o repetia novamente e assim cada vez mais o fez.
“No final do ato, parecia um desses grupos evangelistas. Ele sabia exatamente quando e como fazê-lo. Assim como um desses pregadores inflamados da doutrina de Cristo. Eu lembro que ele estava vestindo uma jaqueta verde brilhante e calças preta bufante

ELVIS: O QUE ACONTECEU?

Ele debruça-se no palco para beijar a mão de uma garota, eu acho. De qualquer maneira, ela o agarrou e rasgou a manga de seu paletó. Esse era o sinal, em particular quando Elvis fazia a sua performance.
“A seguinte coisa que sabíamos é que haveria garotas no palco e elas perderiam as estribeiras. Parecia que elas tentavam comê-lo vivo. Elas o rasgavam e arranhavam como animais então uma das pernas de sua calça se foi. E sua camisa foi rasgada em tiras. Foi assustador para mim ver o que seres humanos podem fazer. Eu sempre soube sobre desmaios e gritos, mas isto foi incrível. Conseguimos tirá-lo do palco em frangalhos.
“Naturalmente foi uma grande publicidade e os jornais o apanharam por todas as partes do Sul. Quando a Sra. Presley ouviu falar sobre isso e Elvis fez sua ligação regular no dia seguinte, ela estava preocupada. Elvis sempre minimizaria as reações da multidão e dizia a sua mãe que a imprensa exagerava. A situação era que as histórias da imprensa eram muito precisas. Foi uma loucura aquela noite.”
A Sra. Presley tornou-se tão obcecada com a segurança do seu menino que ela sonharia constantemente com ele à noite. “Havia sempre algo muito estranho sobre as coisas que ela diria.” Lembra Red, “como se ela fosse uma vidente ou algo parecido.
Sempre que tivéssemos uma cena especialmente selvagem no palco ou se um motim se instalasse, sempre que Elvis ligasse, ela teria de alguma maneira uma premonição de que alguma coisa saiu fora do controle, mesmo antes de ler os jornais. Agora, ambos os lados da família, tanto Gladys como Vernon, foram grandes sonhadores. E ambos os lados da família tinham uma história de sonambulismo. Elvis herdou isso, e quando ele não estava dormindo com uma garota, muitas vezes um dos seus primos, Gene Smith ou Billy, iria dormir com ele, caso ele começasse a caminhar dormindo.
“Quando ficávamos em arranha-céus, hotéis ou motéis, sempre trancávamos as portas e janelas a título de prevenção apenas no caso dele sair pela janela em uma de suas viagens de sonambulismo.
Digo lhe isso porque sempre me pareceu que havia algo muito estranho sobre os Presley.
“Quero dizer, acredito que todo esse sonambulismo, sonhos e premonições esteve de qualquer maneira relacionado a uma espécie de poderes especiais, algo como poderes psíquicos ou algo que realmente não compreendo ou posso por o meu dedo. A maior parte daquele material psíquico é um disparate, mas até um certo ponto acredito nele. Elvis comprovou-me muitas vezes.
“Agora eu me lembro vividamente de um caso em Texarkana, na fronteira do Texas e Arkansas. Estivemos num show lá e acho que estávamos dirigindo um Cadillac alugado. Isto deve ter sido em 1955. De qualquer maneira o motor superaqueceu, e em pouco tempo a coisa toda pegou fogo.
“Poderia ter sido uma situação perigosa. De qualquer maneira, pulamos para fora e simplesmente vimos o carro ser consumido pelas chamas. No dia seguinte, Elvis fez um telefonema para a sua mãe. E o que aconteceu foi assustador. Ela não tinha absolutamente nenhum modo de saber o que tinha acontecido. Não saiu em qualquer jornal ou qualquer coisa. Ninguém sabia sobre isso. Ao que parece eram aproximadamente duas horas da manhã ela subitamente sentou-se na cama, acordando de repente.
“Ela cutucou Vernon acordando-o e disse, “Eu vejo o nosso garoto ele está em um carro em chamas.’ Quando Elvis ligou naquela manhã, ela disse, ‘Oh, graças a Deus, você está bem. Eu sonhei que você estava preso em um carro em chamas.’ Elvis disse que estava tudo bem e que não havia acontecido nada. Naturalmente ele nunca faria nada para preocupar a sua mãe.
“Agora, eu estava lá do lado do telefone, quando a conversa prosseguia, portanto eu sei que é verdade. Após a conversa telefônica, Elvis e eu olhamos um para o outro, como se alguém acabasse de andar sobre nossas sepulturas. Foi assustador.”

Bob Neal, com uma publicidade, colorida, cuidada e muito honesta, por esta altura tinha guiado a carreira de Elvis Presley
ao ponto onde ele saltaria regularmente na pesquisa de opinião pública de popularidade da Billboard. Os adolescentes no Sul do país gritavam por ele. Era um mercado vital, mas naqueles dias eles ainda não estavam no mercado de consumo extremamente rico de hoje em dia. Bob Neal estava buscando mais apelação. Ele tinha apontado o jovem Presley dos Blue Moon Boys com o apelido de Hillbilly Cat – Gato Caipira – que foi escolhido para atrair um público maior; daí a adição da palavra de impacto da época, gato.
Era importante convencer os caras endinheirados de Nova York e L.A. que Presley não era apenas um cantor caipira. Ele tinha algo mais, algo novo para oferecer, além de sua boa aparência e três rapazes do Sul que o acompanhavam. O que ele precisava, raciocinou Neal, era de um pouco de exposição nacional. Um grande programa de televisão, a nível nacional seria ideal.
Bob organizou uma audição no Arthur Godfrey Show. Foi uma oportunidade interessante, e Hillbilly cat e os Blue Moon Boys voaram para Nova York em meio a uma atmosfera de otimismo. Este ia ser finalmente o grande momento. De agora em diante, não teriam que dirigir cem milhas em direção a um ginásio. Eles iriam sentar-se e esperar pelas grandes ofertas que chegariam em grande quantidade. Eles fariam à colheita e escolheriam o lugar dos shows.
Voaram para o cinzento frio de Nova York, sabendo que, como sulistas, eles provavelmente odiariam a cidade, mas dispostos a amá-la. Eles deram uma olhada em Nova York, quando chegaram ao solo e decidiram que preferiam estar num pântano. A equipe de audição do The Godfrey Show os ouviu passar por seus melhores números, e em seguida, decidiram que um brejo era o melhor lugar para o Hillbilly Cat e os Blue Moon Boys, na grande e má Nova York eles não passavam de um bando de cavalos caipiras. A equipe de teste pode ter cometido o maior erro de Nova York. O Hillbilly Cat e os Blue Moon Boys marcharam de volta para o Sul,
espancados até a submissão por aqueles malditos Yankess. O grande momento, a grande oportunidade realmente não aconteceu para Elvis – pelo menos não ainda.
Se alguma vez os rapazes recearam os Yankees, suas suspeitas foram confirmadas. Mas, embora tenha sido uma grande desilusão, os rapazes ainda estavam com tudo no Sul. Se isso é onde sua fama e fortuna iriam ser, então que assim seja.
Por essa época um homem chamado Oscar Davis chegou a Memphis. Davis era uma figura pitoresca do Sul. Ele estava ajudando o seu chefe a promover a sensação do dia no Sul, Eddy Arnold. O Chefe de Oscar Davis era ainda mais pitoresco que o próprio Oscar. Seu nome era Thomas Andrew Parker. Parker era um Coronel, honorário. Um daqueles coronéis “do Sul”. O governador Clement do Tennessee tinha lhe dado o título em 1953. Em 1968 Staley Booth, um escritor talentoso, descreveu Tom Parker na revista Esquire como “um dia depois de Barnum sair de W.C. Fields por William Burroughs.” A descrição não somente fecha a conta, como foi aquela que Parker apreciou e fez de tudo para incentivar sua propagação. Parker vinha da velha escola da promoção: “Não importa o que digam de você contanto que soletrem o seu nome.”
“Acredito muito no destino”, diz Red West. “Foi como se Tom Parker e Elvis Presley fossem destinados a se encontrar. Tom Parker foi e é assombroso. Elvis e ele tinham sido como uma lâmpada e soquete encaixando-se perfeitamente. As coisas estava prestes a decolar.”
continua.........

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